“Ampliar as ações de fomento ao audiovisual e buscar o fortalecimento das políticas culturais em Sergipe”. É com esse pensamento que o Fórum Permanente do Audiovisual (FPA) se reuniu quinta-feira, 14, na Biblioteca Epifânio Dória, com a diretora de Integração e Projetos Culturais da Secult, Kadydja Albuquerque, para discutir o texto do edital de Apoio à Produção de Obras Audiovisuais Digitais de Curtas Metragens.
A ideia da reunião foi proposta pelo FPA no último Fórum de Políticas Culturais realizado pelo Secult. Na oportunidade a secretária da Cultura, Eloísa Galdino, anunciou o lançamento do edital para os participantes do Fórum e informou que o mesmo já havia sido aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura.
Desse modo, o FPA achou que o edital antes de ser lançado, efetivamente, deveria passar por amplo debate, o que além de conferir transparência ao processo, abre espaço para participação da sociedade civil na construção do edital.
Baruch Blumberg, representante do FPA na reunião, diz que lançar um edital para o setor de audiovisual se converte em uma ação positiva, mas é preciso que esta discussão passe pelo setor interessado. “A discussão e formação de política pública cultural pode ficar reclusa aos gabinetes, elas tem que ser amplamente discutidas com o setor”, enfatiza ele.
Mário César, representante do Intervozes na reunião, também ressalta a iniciativa da Secult, tendo em vista que o setor ficou durante muito tempo esquecido. No entanto, lembra que esta iniciativa deve estar alinhada com uma ação macro para o setor cultural. “Para além dos editais, é preciso pensar em uma política estadual de fomento à Cultura. Editais são positivos, mas precisamos pensar a Cultura como política de estado e não de governo”, alerta.
Para Joanne Mota, representante do Fórum Sergipano pelo Direito à Comunicação, a reunião se converte em um primeiro passo dado pela sociedade civil para uma discussão maior, a da construção de uma política estadual de fomento à Cultura. “Vejo a realização deste encontro de forma positiva para a construção do edital, mas ele ainda foi um passo intermediário, só em agosto saberemos o resultado deste debate. Além disso, tanto o FPA como os demais seguimentos da sociedade civil devem se unir e convidar o Estado, nas instâncias do executivo e do legislativo, para pensar uma real política estadual de Cultura, que retrate Sergipe em suas ações e necessidades”, reflete Joanne.
Posição da Secult
A diretora de Integração e Projetos Culturais da Secult, Kadydja Albuquerque, diz que o diálogo é importante para aprimorar as ações do governo. Ela informou que levará todas as reivindicações do FPA para a secretária de Cultura, Eloísa Galdino, e que até a segunda semana de agosto terá uma resposta sobre os pontos discutidos na reunião.
“O debate é sempre bom para Governo. A organização dos Fóruns, seja o de Audiovisual como os de Música e Dança, por exemplo, tem contribuído muito para as ações da Secretaria. Penso que a reunião foi positiva e que o FPA deu uma grande contribuição ao texto”, salienta ela.
